Os nativos digitais são extremamente ambientados com a tecnologia, pois cresceram com a popularização das redes sociais, dominam as plataformas e interagem através do meio digital de forma ativa. Tal relação com os recursos tecnológicos os caracteriza como mais imediatistas, curiosos e inquietos, apontando uma crescente necessidade das escolas se adequarem ao universo das novas gerações.
Na mesma via, a pandemia da Covid-19, acelerou diversos processos de digitalização nos mais diferentes setores da sociedade. Lojas físicas tiveram que se adequar às vendas on-line, restaurantes buscaram sobreviver em formato de delivery e muitos trabalhadores tiveram de adequar rotina, suas casas e adquirir competências para operar em home office. Este último caso foi a alternativa que a educação teve para continuar operando.
O processo não foi fácil para alunos, professores, pais, responsáveis e demais colaboradores da Equipe da Escolar. Continua sendo muito desafiador para todos. Mas, hoje já podemos observar que este foi e é um caminho sem volta. Agora que, de forma gradual regressam às aulas presenciais, o modelo híbrido já é uma realidade.
Homologada em 2018, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas pelas escolas brasileiras, públicas e particulares, deixa claro a necessidade da inclusão da tecnologia ao definir como competência geral de toda a educação básica:
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”
Com isso em vista, o Ensino Híbrido pode ser um agente transformador na consolidação de uma escola atual, voltada para os reais interesses das crianças e jovens e conectada com suas necessidades.
A maior vantagem que o ensino híbrido proporciona é o engajamento e a liberdade dos estudantes, conferindo autonomia ao seu processo de aprendizagem. Para o aluno, envolver o celular e o computador no ensino deixa a experiência mais familiar e dinâmica, e o uso de vídeos e outras mídias aproxima a linguagem da sala de aula da forma como o estudante consome informação.
Além disso, o ensino híbrido também subverte a relação de tempo e espaço onde o processo de aprendizagem acontece. Ter autonomia sobre seus hábitos e rotinas de estudo, faz com que o estudante sinta-se como protagonista e construtor da sua própria educação. O contato presencial com o professor em sala de aula se torna cada vez mais focado e melhor aproveitado uma vez que o conteúdo pode ser visto e revisto antes do encontro.
Metodologias híbridas de aprendizagem têm o efeito de aproximar a escola do dia a dia do aluno e trazer maior engajamento nas atividades. Por exemplo, aqui no Caminhar, propomos atividades abertas que possibilitam a exploração dos temas didáticos com recursos de expressão alternativos.
Através do uso criativo da tecnologia, as oportunidades de interação e aprendizagem aumentam, e o aluno pode ter mais autonomia e capacidade de direcionar seu foco para as dúvidas ou até mesmo para entender bases que ele ainda não compreenda.
Porém, o ensino híbrido não é apenas sobre aplicar tecnologias em sala de aula, mas sim sobre as técnicas e processos que o aluno vai utilizar com objetivo de tornar mais efetivo o seu processo de aprendizagem.
Nosso propósito é maximizar as oportunidades de assimilação de conteúdo, envolvendo também pais e responsáveis no desenvolvimento de novas abordagens e trazendo uma formação cada vez mais global de cada criança e adolescente que passa pelo Caminhar.